#16 - O ato de pensar
Um pouco sobre a tragédia grega. Assinatura. Fatos ou apocalipse.
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Este era o objetivo de meus desejos: um domínio não muito grande,
com um jardim, uma fonte de água perene perto da casa
e além de tudo um pequeno bosque”
(Horácio, Sátiras, II, 6)Os textos mais elaborados, isto é, dissertativos, ensaios, et cetera, que estão fora da newsletter, vou pedir apoio ao leitor(a). Cada texto só pode ser lido sendo um assinante da newsletter. O valor é ínfimo de R$ 11,00 mensais ou R$ 110,00 anual. É menos que uma streaming e temos muitos opções. Você vai apoiar um jovem filosofo (em formação nesse momento na licenciatura). Pense, reflita e me apoie para pagar os boletos. A filosofia para mim vai além da academia. Muito obrigado!
Alguns dos meus textos:Um pouco sobre a tragédia grega: natureza humana. Somos todos condenados numa vida trágica, apenas porque existimos, pois há diversas eventos e forças que independe de nosso controle, isto é, as contingências. Há na literatura que destaco: Aristóteles e Nietzsche. O primeiro, Aristóteles, o sentimento trágico desperta sentimento de pavor e terror, e a compaixão. E também, o sentimento de catarse, de libertação emocional, paz e ordem. Por exemplo no teatro grego, Édipo, que mata o pai e a mãe, porém ele não é agente do seu destino, ele mantou um homem e uma mulher, pois não sabia quem eram eles. Na história consideram-no justo e bom. Faço anacronismo. O segundo, Nietzsche, divide o espírito trágico grego em Apolíneo e Dionisíaco. Apolo, tem a pulsão, a boa ordem, organizado; Dionísio, natureza selvagem, dissolução da identidade. Ao negar a dança entre esses dois espíritos, o humano fica enfraquecido.
Uma metáfora. Será que retornamos novamente ao Jardim do Éden? A primeira vez foi com Adão e Eva; a segunda, na descoberta da agricultura, cerca de 10.000 anos; acho que a terceira seja na era da informação, das tecnologias, hoje no contemporâneo. Nos convertemos em escravos?
O britânico Edmund Burke (século XVIII) usa esta frase: "Loves mankind, hates his kindred" ("ama a humanidade, detesta seu semelhante"). A humanidade não é algo concreto, seu vizinho fica mais próximo. Fé no indivíduo e diferente da fé no todo. O todo possui muitas variantes.
Fiz a leitura na primeira parte do livro: As confissões, Rousseau (século 18). É um livro bonito, de leve leitura e sendo interessante conhecer a trajetória do filosofo. Todavia, como disse Burke de Rousseau, é o filósofo da vaidade, acho que devo concorda com ele. Não desmerecendo suas outras obras. A leitura fica cansativa e me impressiono como ele consegue rememorar tantos detalhes da vida.
Realizei uma alteração no layout do substack.
Uma simples enquete para saber se você querido/a leitor/a assisti os filmes e séries, e também busca sobre os livros citados.
Os pesquisadores nos laboratórios com os diversos elementos que fazem muitas pesquisas e testes, há magia ou são pesquisas exclusivamente científicas? O termo magia foi contorcido no período da idade média, quando a Igreja Católica foi expurgando pessoas que usavam ervas para medicações e tratamentos. Nesse período, mesmo a Igreja usando o conhecimento dos curandeiros, desviava para sobressaltar a ação exclusiva da ordem. Um livro interessante para o assunto: Religião e o Declínio da Magia, de Keith Thomas.
Pensamentos apocalípticos ou fatos: Bani mundial no sistema de computadores nos aeroportos. O quanto somos dependentes dos sistemas digitais? Quanto usamos as mídias digitais? Se o sistema cair, o que você fará? O filme O Circulo possui uma abordagem nesse contexto tecnológico. Outro fato, alimentação industrializada. O quanto é dependente dos alimentos industrializados? Se por algum momento, precisar de alimentos naturais fora dos mercados, como solucionar para si mesmo e aos outros ao lado? Neste último contexto citado, rememoro Jean Jacques Rousseau, pois dele veio o estado de natureza para o homem do campo e sem acúmulo de riquezas materiais desnecessárias, fruto do egoísmo burguês.
“Babel - década de 90, do artista plástico carioca Cildo Meireles, parte da exposição permanente do Tate Modern, em Londres. A torre tem 5 m de altura e foi construída com 800 aparelhos de rádio, cada um sintonizado em uma estação diferente no menor nível do volume.”
Livros (lidos ou lendo):
Introdução a O Capital de Karl Marx, Michael Heinrich
As raízes do Romantismo, Isaiah Berlin
Cavalo de Troia 1, JJ Benítez
Filmes:
Mrs. Harris Goes to Paris (2022, Anthony Fabian)
O Círculo (2017, James Ponsoldt. Com Emma Watson)
Adoráveis Mulheres (2019, Greta Gerwig. Com Florence Pugh)
Séries:
Hitler e o Nazismo: Começo, Meio e Fim (2024)
"Se você não tem dúvidas é porque você está mal informado.”
Millôr Fernandes
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Nos vemos na próxima newsletter.
Boa semana! Um abraço.