I.
Para Sócrates, a alma está vinculada na razão. A saber, o ser humano possui capacidade de pensamento e de raciocínio. Alma na concepção para algumas religiões, é eterna. Isto é, somos além do corpo físico, há o divino. A alma, conforme na religião, envolve o corpo físico, mas está centrada no superior, no cérebro, na parte racional, a razão. (Sugestões de leitura: Ramatis, Francisco Cândido Xavier etc). Considerando que todos temos consciência do certo e do errado, então Sócrates estava em coerência. Em outras palavras, a alma sendo eterna possui, sim, essa percepção, e com a racionalidade - em direção do filosofo, na razão que há o pensamento racional para distinguir. — Analogia equiparando o religioso e filosófico — Os conceitos de certo e errado são amplos e discutíveis. Sócrates para se ter uma vida virtuosa era preciso não se perder nos impulsos da paixão e não dar valor as coisas físicas, apenas a importância e o significado para alma. Há prioridade na razão. Ele não deixou escritos, por assim acreditar na perda de memória na escrita e valorizou a dialética. Para os filósofos e aos que estão estudando para se tornar filosofo, Sócrates foi exemplo de vivacidade no filosofar, como se deve viver conforme sua crença.
II.
Nós perdermos conexão da alma e o divino? Independente de crença. Crer em algo maior, algo que está acima da conexão e compreensão física. Acima da razão. Sócrates meditava constante, ouvia uma voz interior que o direciona em reflexões profundas. Sócrates parava de repente no que estava fazendo e meditava, algo que estava em conversa no seu interior. Pode-se pensar que seja algo divino? O filósofo acreditava nos Deuses e nos mitos.
III.
Platão, foi considerado por suas obras envolta da político. Com a morte do mestre Sócrates, por ele assim filosofar entre os jovens, pessoas, em qualquer lugar, fazendo-as ser críticas, questionar e racionalizar. Sócrates foi julgado e condenado, teve várias oportunidades para fugir para outros lugares, mas não quis, era exemplo da sua convicção e vida. Atenas estava se desenvolvendo como uma sociedade escravista. A morte do mestre foi neste período e do qual viveu Platão, por isso lutava para mudar a polis, cidade-estado. Sua obra máxima foi ‘A República’.
IV.
O que é certo e errado? As construções religiosas, familiares, morais e sociais, formam as concepções individuais do que é certo e errado. As palavras certo e errado, são vazias, até que sejam estabelecidos conceitos. E, estamos sempre em busca da verdade – nas quais há várias verdades. Nós somos plurais, pois temos diversidade, contudo somos iguais, em outras palavras, seres humanos. Temos consciência e necessitamos de equilíbrio.
V.
De acordo com o filósofo Heidegger, referenciando o livro Ontologia: Hermenêutica da faticidade, toda compreensão do mundo e de nós mesmo é sempre pré conceitual, em que os discursos giram em torno de uma visão preestabelecida e preconceituosa. E para conseguir ver como as coisas são, segundo a fenomenologia, é preciso desvelar, tirar o véu, remover os conceitos pré estabelecidos e entender as coisas a partir delas mesmas.
VI.
Ao tolerar, estamos fazendo concessões. Quem solidariza, compreende que não pode ser sem outro. A embatia, coloca-se no lugar do outro. A palavra tolerância virou moda? Falta solidariedade? Entre tantas perguntas com poucas reflexões. Somos seres humanos, entretanto falta humanidade.
VII.
As árvores me começam
Uma violeta me pensou, me encostei no azul de sua tarde.
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore
Uma palavra abriu o roupão para mim, ela deseja que eu seja
Do lugar onde estou, já fui embora.(Manoel de Barros)
VIII.
Uma amiga querida, médica, sempre fala sobre o otimismo e a esperança. A etimologia da palavra “esperança”, vem do latim SPES, que significa “confiança em algo positivo”. No otimismo, também, se pode pensar na “confiança em algo positivo”, algo que se espera, na esperança no porvir. As duas palavras estão entrelaçadas em positivo. Gosto quando ela fala disso. Você é uma pessoa otimista e tem esperança?
IX.
Em tempo, meus textos de Maio:
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Vídeos:
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Transhumanismo | Armando Milioni | TEDxSaoCarlos
Filmes:
Avatar: O caminho da água. O segundo filme, dos cinco que saíram. Cameron entregou o que prometeu neste filme. A conexão com a natureza é magnífico e envolvente. A experiência estética do povo da floresta para aprender mergulhar como o povo das águas. O povo da floresta se permitiu se aventurar na água, deixando o corpo assim contagiar-se nas micropartículas aquosas. A experiência estética no aprendizado é um acontecimento. Disney Plus.
Séries:
Nosso Planeta 2. Netflix.
Livros:
À Escuta do Silêncio, de Thaís Curi Beaini
Ser e Tempo, de Martin Heidegger
Sobre o Humanismo, de M. Heidegger
Diferença e repetição, Deleuze
Schopenhauer, Thomas Mann
"Não seja escravo do passado - mergulhe em mares grandiosos, vá bem fundo e nade até bem longe: você voltará com respeito por si mesmo, com um novo vigor, com uma experiência a mais, que vai explicar a anterior e superá-la."
— Ralph Waldo Emerson
Nos vemos em duas semanas na newsletter.
Boa semana! Um abraço.