I.
Há quase um mês parei de usar as redes sociais. Retomo a minha privacidade e estou com tempo a favor, em leitura, estudos e escrevendo. Aproveite para ler meu último texto:
II.
No último domingo, foi dia das mães. Possui um sentimento afável, mamãe faleceu há mais de oito anos e também a (tia-)madrinha muito presente que faleceu há pouco tempo. Depois de tantos anos de mamãe, ainda aprendo a lidar com o vácuo do amor materno. Toda mãe é singular na vida. O luto é normal e necessário, entretanto não pode ser permanente, é preciso compreender que todos em algum momento da vida se vão para outros caminhos. Os caminhos são escolhas de cada alma. Jesus disse que está em João 14:2: “Na casa de meu Pai há muitas moradas.”
III.
Já testou o ChatGPT ? chat.openai.com
O ChatGPT é uma das IA, sigla para Inteligência Artificial, mais populares. Produz textos com perguntas na sua interface. Possui trilhões de dados no seu banco. Penso que, quando não estiver mais recursos, vai chegar o momento de capturar os dados pessoais, sendo fornecidos pela empresas privadas como a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) e dados governamentais. Na tecnologia não há limites, até que se impõem. A Carissa Véliz, autora do livro 'Privacidade é o poder' e professora na Universidade de Instituto de Ética em IA de Oxford, diz que agora é hora de regulamentar a IA. Estamos conscientemente expostos, nossos dados estão na internet. Tudo está no digital. E o uso das redes sociais que escancara a vida privada, tornando pública. Estou escrevendo um texto sobre Inteligência Artificial.
IV.
Transdisciplinaridade: a pluralidade na educação. Disciplinas que se interagem. Leva em conta todas as dimensões do ser humano. Desafios para os professores e aos alunos. Tema abrangente para a educação. Infelizmente, o Brasil está em declínio na educação. Paulo Freire, em Pedagogia da indignação: Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Para conhecer mais do assunto, no livro “O Manifesto da Transdisciplinaridade” de Basarab Nicolescu.
V.
O "Caixão Vivo", a morte sendo biodegradável ajudando o meio ambiente. Os caixões usados comumente em cemitérios são muitos poluentes, deixando o solo comparados a um aterro. Este projeto criado na Holanda, é feito de micélio, a parte vegetativa dos cogumelos, que se desfaz após 45 dias, neutralizando as toxinas do corpo humano por um processo chamado de bioacumulação. Nosso corpo se transformando em compostagem, enriquecendo a terra e retornando a ser parte da terra. Gostei da ideia.
Links da semana
Minhas memórias afetivas sobre a arte de benzer, por Djamila Ribeiro
Os ombros suportam o mundo, por Leandro Karnal
Qual é o sabor da nossa língua?, por Sérgio Rodrigues
Devemos temer uma inteligência artificial com capacidade humana?, por Demi Getschko
Experimento da semana de quatro dias chega ao Brasil
'Guarani' indígena nos Campos de Piratininga significa nós falando por nós, por Txai Suruí
Entrevista no Jornal Opção do professor Adriano Correia: “Hannah Arendt não tinha esperança na redenção moral da política”
Filmes
O homem bicentenário, de 1999. Uma inteligência artificial que se torna humano. Na HBOMax.
Sociedade dos Poetas Mortos, de 1989. Carpe diem, isto é, aproveite o dia, curta o momento. O professor estimula seus alunos a terem um pensamento crítico e autônomo. A enxergar o mundo de novas perspectivas, buscar suas paixões e ter as rédeas da própria vida. Está no Star+.
Vídeos
Séries
Rainha Cleópatra. Série documental de quatro episódios sobre a rainha africana mais emblemática do Egito. Netflix.
Éden. Lugares intocáveis no Planeta Terra. Série de seis episódios no Discovery Plus.
Livros
O Renascimento, de Nicolau Sevcenko
Natureza Humana: Categorias Fundamentais, de P. M. S. Hacker
Investigações filosóficas, de Ludwig Wittgenstein
A presença dos mitos em nossas vidas, de Mary Midgley
O que é a filosofia antiga, de Pierre Hadot
"Valores muitas vezes podem se chocar no peito de um único indivíduo; e disso não deriva a conclusão de que uns são falsos e outros, verdadeiros."
— Isaiah Berlin (Uma mensagem para o século XXI)
Será?
Nos vemos em duas semanas na newsletter.
Boa semana! Um abraço.