Jogo de soma zero: para você ganhar eu tenho que perder. A troca humana deve ser uma soma zero, para ter uma troca saudável na linguagem humana ninguém precisa perder ou ganhar numa conversa. Ao encarar a vida com aquilo que eu não sei com a intenção de aprender, do que reforçar aquilo que eu sei ou ficar na ilusão que sabe, fica mais leve. Em outras palavras, ouvir o outro sem querer ser dono da sua verdade.
Por que uma pessoa necessita de religião? Reformulo a pergunta para, o que leva uma pessoa para a religião? Uma resposta filosófica, é o sofrimento. Sofrimento de que há necessidade de algo, um vazio, perdas de entes queridos e outros. Na etimologia na palavra Religião que no latim significa religare, ou seja, ligação, todavia em hebraico não existe esta palavra, como muitos povos antigos também não existia essa palavra. Na Grécia Antiga não existia o termo religião. O termo para alguns estudiosos é complexo definir, pois não há uma raiz. Freud (em Futuro de uma ilusão) responde porque somos religiosos, por desamparo. Termo criado por ele. O desamparo está em conexão com a contingência, isto é, que não temos controle de todas as coisas, que é algo não palpável ou/e influenciável.
Parafraseando Goethe no jovem Werther. O movimento da natureza que estremece e destrói as coisas, abala a estrutura emocional mas é a ordem da natureza. O que é pior, o que está intrínseco e é inerente na natureza humana, que é a sua própria destruição e levar o outro consigo. Uma destruição que pode ser mutável no ser.
Para aquele que não tem caminho, qualquer caminho é um caminho.
Dois filmes que são da península Escandinava: A Caça, e, Rainha de Copas. O primeiro, para não dar spoiler, mostra formas de cancelamentos, o que hoje acontece nas redes sociais; e o segundo, as relações familiares. Ambos os filmes tratam de assuntos muito delicados e sensíveis. Tenho explorados filmes que sejam além das franquias americanas, pois observo que eles não conseguem tratar de temas com mais profundidade e que não estão na moda. Pois a moda é temporal, isto é, serve para naquele momento que pode não voltar mais, se for boa talvez sim.
O conceito de emoção para Jean-Paul Sartre, está ligado a consciência. Isto é, daquilo que você julga ser. Você julga algo que é triste ou alegre, por consciência, ato de pensar, sentirá aquela emoção. Ao direcionar o pensamento em algum objeto (incluo pessoa) o sentimento de raiva será raiva, do contrário amor. Sartre distingui alegria-emotiva e alegria-sentimental. A primeira, é momentânea por algo, talvez diria a paixão, e a segunda é o sentimento intrínseco. Em seu livro “Esboço para uma teoria das emoções”, o filosofo francês do século XX, trata também com uma abordagem fenomenológica buscando entender a emoção.
Eu não sou ateu, nem niilista e nem cético, apenas estudo e pesquiso. Esboço meus pensamentos sem uma posição direcionada, sempre abrindo o leque para pensar e refletir. Isto é, “o ato de pensar”.
Livros:
Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche
Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe
Dostoiévski: vida e obra, Stefan Zweig
Diálogos sobre a natureza humana, Luiz Felipe Pondé
Filmes:
A Pior Pessoa do Mundo
Adoráveis Mulheres
Rainha de Copas
A Caça (2012)
Hurricane - O Furacão (1999)
Tempos Modernos (1936, de Charles Chaplin)
Séries:
O jogo da Morte
Três irmãs
Alphonse
Fim
Decálogo (1989, Krzysztof Kieślowski)
“A sabedoria é a meta da alma humana; mas a pessoa, à medida que em seus conhecimentos avança, vê o horizonte do desconhecido cada vez mais longe.” (Será?)
- Heráclito
Nos vemos na próxima newsletter.
Boa semana! Um abraço.