Cuidado - Bráulio Bessa
Quer uma dica? Se cuide.
Ore, estude, se alimente.
Fortaleça sua alma,
seu corpo, sua mente.
Procure se conhecer,
encontrar seu poder
pra poder fazer o bem.
Se ajude pra ajudar.
Se você não se cuidar,
não vai cuidar de ninguém.
Frase do filosofo René Descartes: “Penso, logo existo.” Se penso, eu existo, se existo eu penso. Sou um ser humano existencial que possui uma natureza humana. Descartes criou uma nova forma de pensar na filosofia. A dúvida da dúvida, só não pode ter dúvida da própria dúvida. René ensinou a usar o mesmo conceito da matemática, uma delas é dividir o problemas por partes solucionáveis, isto é, pegar o todo e dividir em pequenas partes. Um sistema dedutivo.
Tentei escrever várias vezes, porém não tenho consigo nessa newsletter. Escrever pode ser apenas abrir uma gaveta, pegar as palavras e uni-las - no início da série “The Brilliant Friend (A Amiga Genial)” as protagonistas Lena e Lenu dialogam isso quando começam a ler - na metáfora que as palavras estão nas gavetas, isto é, em nossa mente. Para adquirir vocabulário é necessário ler. Esse bloqueio ocorre por vários motivos.
Assistir poucas séries e mais filmes. Gosto de séries, todavia ver algo que há um fim, isto é, o começo, o meio e o fim, estava melhor. Séries são continuas e longe de um fim. Dois filmes excepcionais foram: Vidas Passadas e Dias perfeitos. O primeiro há uma delicadeza entre os diálogo dos personagens, uma essência do ser humano, uma beleza descritível. Troca de olhares e gestos entre os protagonistas. O outro, Dias Perfeitos, demonstra que viver é o aqui e agora, que há sentido na vida. Um filme que nem precisa de diálogos para entender. São filmes extraordinários. Acrescento o filme japonês, Monster, que trata de assuntos delicados. Sobre o filme Pobres Criaturas que está no auge no momento. O longa para mim está inserido nos estudos de Freud, pois as descobertas que estão quase todas relacionadas ao sexo. Acredito que poderiam explorar outros assuntos no feminino. Por fim, os filmes em destaques foram dos orientais.
Você é movido pela razão ou pela paixão? O filosofo grego Aristóteles define a paixão (páthos) como o que move, o que impulsiona o homem para a ação (práxis). Define a razão que, é um elemento fundamental do conhecimento humano; todavia, os dados manipulados pela razão são fornecidos pelos sentidos, isto é, pela experiência sensorial. Acredito que nós somos seres movidos pela paixão.
O Caos Contemporâneo, explanado por Walter Longo. 1) Há uma mudança de autoridade para autenticidade. Acréscimo de decisões diárias, por exemplo os filmes assistíamos na televisão, era uma programação já decidida, hoje temos as dezenas streamings com variados filmes. Há múltiplas decisões diárias, há aqueles que estão felizes em tomar essas decisões e outrora oprimidos nessas decisões. 2) Sociedade individualizada. Por exemplo, dentro de casa as pessoas negociavam a tela da televisão, hoje todos tem sua tela. As empresas criam o produto específico para e com o indivíduo, ao invés de fazer uma demanda para uma massa. Isto é, o indivíduo está mais mimado. 3) Tribalismo. Parece um paradoxo com a segunda, porém estamos tribalizados na busca de ideias que nos fazem permanecer em determinado grupo. As rede sociais estão mostrando isso nos likes que só aparecem o que estamos gostando, fora disso são cancelados. Viés cognitivo de confirmação. Quando não temos a discordância não nos fazem pensar a contrapartida de argumentos e ideias.
Livros:
Sobre a liberdade, John Stuart Mill
Ensaios, Michel de Montaigne (leitura de vários ensaios)
O sagrado e o profano: A essência das religiões, Mircea Eliade
Filmes:
Vidas Passadas
Monster
Minha irmã e Eu
Pobres Criaturas
Dias Perfeitos
Anatomia de uma Queda
Bob Marley: one love
Séries:
Xógun: A Gloriosa Saga do Japão
O Último Mestre do Ar
Constelação
"Repare que o Outono é mais estação da alma do que da natureza."
— Nietzsche
Nos vemos na próxima newsletter.
Boa semana! Um abraço.
É incrível ver o crescimento que tem construído nesses anos, Bino. Parabéns!